Muitos de nós usam agora aplicações ou dispositivos para controlar a forma física, quer seja para tentar atingir aquele objetivo sempre importante dos passos ou para controlar o que estás a comer, para que possas ver se aquela gulodice está a dar muito trabalho.

Por muito úteis e enraizados no nosso quotidiano que estes dispositivos e aplicações se tenham tornado, existe a preocupação de que possam ser pirateados. Esta situação pode levar ao roubo de informações pessoais sensíveis e as vítimas podem ter de pagar um resgate pela devolução segura e não revelada dessas informações.

Relatório cibernético mostra que os dispositivos ligados são alvos

Um relatório conjunto publicado este ano pelo National Cyber Security Centre (NCSC) e pela National Crime Agency (NCA) concluiu que a popularidade contínua dos dispositivos ligados à Internet criou cada vez mais oportunidades para os piratas informáticos explorarem as vulnerabilidades dos dispositivos.

Com enormes quantidades de informações pessoais armazenadas nestes aparelhos, tais como medicamentos, necessidades dietéticas e informações sobre o estilo de vida, pode revelar-se um dispositivo muito lucrativo para os hackers atacarem.

Os ciberataques estão em constante evolução e cabe às empresas trabalharem em conjunto para reduzir a ameaça que representam para as empresas e para proteger os dados valiosos dos cidadãos.

Como reduzir o risco destes produtos?

Uma das formas mais óbvias é certificares-te de que os teus dispositivos e aplicações estão actualizados e que verificas regularmente se há actualizações, caso não as tenhas activadas automaticamente. Os piratas informáticos estão sempre à procura de brechas ou backdoors para aplicações e dispositivos através de vulnerabilidades despercebidas, por isso é importante instalar a versão mais recente da tua aplicação e software.

Se fores uma empresa que fornece dispositivos conectados ou aplicações orientadas para a saúde, também é importante que tu e a tua equipa de desenvolvimento estejam constantemente a procurar formas de proteger os dados e garantir que não existem vulnerabilidades que um hacker possa explorar.

As violações de dados serão mais caras no próximo ano

Os programadores têm o dever de dar prioridade à segurança de qualquer programa que recolha dados pessoais. Estas informações têm de permanecer seguras e protegidas, caso contrário, serão os criadores de aplicações ou os fabricantes de rastreadores de fitness que acabarão por pagar o preço.

Isto é especialmente verdade com a entrada em vigor do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) em maio do próximo ano. As empresas terão de prestar especial atenção aos dados dos clientes e terão de os tratar como gostariam que os seus próprios dados fossem tratados.

O novo regulamento exige que as organizações revelem a utilização dos dados dos clientes e durante quanto tempo, se estes forem cidadãos da UE. Qualquer violação de dados deve também ser registada num prazo de 72 horas. O não cumprimento do RGPD pode levar as empresas a enfrentar multas pesadas – até 4% do seu volume de negócios global ou 20 000 000 EUR, o que for mais elevado.

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