As organizações enfrentam constantemente a complexa tarefa de proteger dados sensíveis e reforçar as defesas contra uma multiplicidade de ciberameaças. Um aspeto frequentemente subestimado, mas integrante desta defesa, é a ligação intrincada entre a gestão de políticas e a sensibilização para a segurança.
Nesta publicação do blogue, vamos explorar a ligação essencial entre estes dois pilares da cibersegurança e a forma como uma abordagem coesa pode fortalecer a resiliência de uma organização contra as ciberameaças.
O que é a Gestão de Políticas?
A gestão de políticas envolve a criação, comunicação e manutenção de políticas numa organização. Estas políticas orientam as acções e decisões dos empregados, assegurando o seu alinhamento com os objectivos da empresa, os requisitos legais e as normas éticas.
No entanto, a política é apenas um passo no processo de consciencialização. O pessoal também precisa de receber formação sobre o conteúdo da política. No contexto da cibersegurança, as políticas podem incluir procedimentos para a criação de palavras-passe, regras para aceder a dados sensíveis, orientações para a utilização de dispositivos da empresa e protocolos para responder a uma violação de dados.
O papel da sensibilização para a segurança
A sensibilização para a segurança consiste em educar os empregados para a importância da cibersegurança e para a forma de reconhecer e responder a potenciais ameaças. Implica formar o pessoal para identificar e-mails de phishing, utilizar redes seguras e seguir as melhores práticas de gestão de palavras-passe.
Sem sensibilização para a segurança, mesmo as políticas de cibersegurança mais abrangentes podem ficar aquém das expectativas. Afinal, uma política é tão boa quanto as pessoas que a estão a implementar.
A ligação entre a gestão de políticas e a sensibilização para a segurança
A gestão de políticas e a sensibilização para a segurança são duas faces da mesma moeda. Eis como funcionam em conjunto:
1. Educação e aplicação: As políticas fornecem o enquadramento para o que os funcionários devem fazer, enquanto a sensibilização para a segurança garante que eles compreendem porque é que essas acções são necessárias e como executá-las corretamente.
2. Defesa proactiva: Tanto as políticas como a sensibilização para a segurança têm como objetivo prevenir os ciberataques antes que estes ocorram. Seguindo as políticas estabelecidas e mantendo-se alerta para potenciais ameaças, os funcionários podem ajudar a manter a organização segura.
3. Conformidade e responsabilidade: Com políticas claras em vigor e uma força de trabalho com formação em sensibilização para a segurança, as organizações podem demonstrar a conformidade com as normas regulamentares e responsabilizar os indivíduos pelas suas acções. As políticas desempenham um papel importante na mudança da cultura organizacional.
4. Melhoria contínua: A gestão das políticas deve ser um processo contínuo, com políticas regularmente revistas e actualizadas. Do mesmo modo, a formação em sensibilização para a segurança deve ser contínua, reflectindo a evolução do panorama das ameaças à cibersegurança.
Criação de uma Cultura de Conformidade de Segurança Cibernética
A criação de uma cultura de conformidade é a confluência de uma gestão eficaz das políticas e de uma maior sensibilização para a segurança. Para estabelecer uma cultura de conformidade robusta em matéria de cibersegurança, considere estes passos fundamentais:
Compromisso da liderança: Os executivos devem dar o tom, demonstrando o seu empenhamento na segurança e na conformidade. Podem fazê-lo incorporando considerações de segurança nas decisões empresariais, defendendo iniciativas de segurança e recompensando o comportamento de conformidade.
Comunicação e transparência: Uma comunicação clara sobre as políticas de cibersegurança, as actualizações e a lógica que lhes está subjacente promove a transparência e cria confiança no seio da organização.
Cultura de denúncia: As organizações devem promover um ambiente em que os empregados se sintam à vontade para comunicar potenciais ameaças ou infracções sem receio de represálias.
Inclusivo: Isto significa incluir todos os níveis da organização na formação de sensibilização para a segurança e nas actualizações das políticas, desde os empregados de nível básico até aos executivos de topo.
Conclusão
A gestão de políticas e a sensibilização para a segurança estão intrinsecamente ligadas, reforçando-se mutuamente na criação de um ambiente digital seguro. Ao promover uma cultura de sensibilização para a segurança e ao implementar uma gestão sólida das políticas, as organizações podem proteger-se melhor contra as ciberameaças.