A cibercriminalidade está a tornar-se um grande problema para as organizações em todo o mundo. Só na semana passada, registaram-se cinco grandes violações de dados, o que realça a necessidade de melhorar as práticas de cibersegurança para nos defendermos desta ameaça crescente.

As organizações de média dimensão estão a ser cada vez mais atacadas e estão a revelar-se um alvo muito atrativo para os cibercriminosos. Normalmente, não dispõem do mesmo orçamento ou recursos afectados à cibersegurança que as grandes organizações, o que as torna vulneráveis a ataques.

Como o cenário de ameaças continua a mudar e a evoluir, é vital que as organizações de média dimensão se tornem mais proactivas na sua abordagem à cibersegurança e adoptem hábitos cibernéticos que ajudem a reforçar e a proteger o seu negócio.

Para se protegerem de violações de dados, multas e danos à reputação, as organizações de média dimensão terão de investir o seu dinheiro nas áreas do seu negócio que mais precisam de ser protegidas.

7 hábitos cibernéticos para melhorar a cibersegurança

Apesar dos desafios enfrentados, existem 7 hábitos cibernéticos que ajudarão a melhorar a segurança cibernética em organizações desta dimensão:

1. Colocar na lista branca

Colocação em lista branca

O ransomware continua a dominar o panorama da cibersegurança em 2018 e, com mais de 4.000 ataques diários, representa uma ameaça muito perigosa para as organizações em todo o mundo.

Apesar de um maior conhecimento público sobre este software malicioso, os cibercriminosos aperfeiçoaram e ajustaram o seu ransomware para misturar variantes antigas de código informático malicioso com novos vírus, tornando-os cada vez mais potentes e difíceis de detetar.

Para se protegerem contra esta ameaça crescente, as organizações devem considerar a utilização de tecnologias de listas brancas de aplicações. As listas brancas são utilizadas para impedir a instalação de malware e de outro software não autorizado que pode ser explorado por atacantes.

A lista branca é significativamente mais eficaz para impedir ameaças de malware do que o software antivírus tradicional, uma vez que apenas permite a execução de programação que tenha sido explicitamente autorizada. Em vez de bloquear a má atividade e permitir todas as outras, apenas permite o acesso a fontes seguras e de confiança.

Isto é cada vez mais importante, uma vez que as actuais ameaças de malware são mais direcionadas, tornando as tecnologias de deteção tradicionais ineficazes.  A proteção adicional, a facilidade de utilização e os custos adicionais mínimos associados a esta solução fazem dela um importante hábito cibernético a adotar pelas organizações de média dimensão.

2. Autenticação de dois factores

Autenticação de dois factores

As palavras-passe são as chaves que dão acesso aos dados de uma organização. Infelizmente, não oferecem a mesma proteção que uma fechadura e uma chave tradicionais e podem ser facilmente pirateadas. Os hackers sofisticados adivinham as palavras-passe e utilizam software especializado para testar milhares de combinações possíveis de nome de utilizador e palavra-passe.

Os dados são um dos activos mais importantes que uma organização detém, pelo que é vital que possa demonstrar que está a proteger esses dados e que dispõe de sistemas que mantêm seguras as informações de identificação pessoal dos clientes.

A autenticação de dois factores oferece uma camada extra de defesa para proteger a segurança destes dados. É utilizada para verificar a identidade de um utilizador quando este acede a uma aplicação. Para além de uma palavra-passe, a autenticação de dois factores requer uma segunda informação para confirmar a identidade do utilizador.

Isto proporciona aos funcionários uma camada extra de segurança quando acedem a informações sensíveis da empresa e reduz a possibilidade de um hacker conseguir aceder facilmente à rede.

3. Formação de segurança de alta qualidade para os empregados

Formação sobre cibersegurança para os empregados

90% de todos os ciberataques bem sucedidos resultam de informações fornecidas inadvertidamente por funcionários. À medida que as redes se tornam mais difíceis de violar, os piratas informáticos visam cada vez mais o pessoal, uma vez que este constitui a via mais fácil para entrar na rede de uma organização.

Nunca foi tão importante educar o pessoal e dar formação regular sobre as ameaças a que devem estar atentos e como podem desempenhar o seu papel na prevenção de um ciberataque. Eficaz  A formação de sensibilização para a segurança é essencial para formar os empregados a identificar e responder adequadamente à crescente gama de ameaças à cibersegurança.

Todos os funcionários, a todos os níveis da organização, devem receber esta formação para garantir que estão armados com as competências necessárias para identificar um ataque. A formação de sensibilização para a cibersegurança deve ser cativante e informativa para garantir que os funcionários compreendem o que se espera deles e a importância do seu papel na proteção dos dados sensíveis da organização.

4. Solução fiável de cópia de segurança fora do local

Solução de cópia de segurança fora do local

Com ataques contra empresas quase duplicando nos últimos cinco anos, as organizações não podem dar-se ao luxo de serem complacentes na sua abordagem à cibersegurança. As organizações têm de ser capazes de reagir rápida e eficazmente a quaisquer incidentes de segurança que possam surgir.

Uma das melhores formas de proteger a sua organização e garantir que está equipada para lidar com a crescente gama de ameaças à cibersegurança é utilizar os serviços de um Centro de Operações de Segurança (SOC) subcontratado.

Um SOC é gerido por uma equipa dedicada de profissionais de segurança que trabalham para monitorizar as operações de segurança de uma organização, a fim de prevenir, detetar e responder a quaisquer potenciais ameaças. Regra geral, acompanha as ameaças à segurança, incluindo notificações de potenciais ameaças através de ferramentas, funcionários, parceiros e fontes externas. A equipa de segurança investiga então as ameaças e, se for considerado um incidente de segurança, trata-o de forma rápida e eficaz.

Para as organizações de média dimensão que não dispõem necessariamente dos recursos para uma equipa de segurança interna, um SOC subcontratado fornece-lhes os conhecimentos, a experiência e as tecnologias que as podem proteger contra a crescente gama de ameaças à cibersegurança.

5. Patch – Torna o Patching parte da tua rotina semanal

A correção como parte da tua rotina semanal

A gestão de patches deve ser uma parte essencial da estratégia de segurança cibernética de qualquer organização. O ‘Patching’ aborda as vulnerabilidades do software que os cibercriminosos exploram para entrar nos sistemas e roubar dados sensíveis, bloquear os utilizadores ou pedir um resgate.

O software não corrigido é uma das principais causas da pirataria informática. Estão constantemente a ser descobertas novas vulnerabilidades, quer por hackers quer por profissionais de segurança, e as empresas emitem patches (essencialmente um pedaço de código) para lidar com isso. Se os patches não forem aplicados, os cibercriminosos têm um ponto de acesso fácil à tua rede.

A aplicação de patches garante que cada peça de software utilizada numa organização está actualizada com as versões mais recentes lançadas pelo fabricante. As organizações terão de ser proactivas na sua abordagem à aplicação de patches para garantir que conseguem detetar quaisquer vulnerabilidades antes de um hacker o fazer.

6. Quadros superiores responsáveis pela governação da informação

Governação da informação

Para garantir que as organizações estão protegidas e seguras, será importante nomear um comité de direção composto por quadros superiores que terá a responsabilidade final pela governação da estratégia de cibersegurança da organização.

As organizações não podem confiar apenas no seu departamento de TI para assumir a responsabilidade pela cibersegurança. A segurança cibernética tem de ser transmitida a partir do topo, com a gestão de topo a assumir o controlo e a pôr em prática as medidas adequadas para proteger a organização e os seus bens.

A investigação do inquérito sobre violações da cibersegurança de 2017 revelou que as organizações em que os quadros superiores consideram a cibersegurança uma prioridade elevada têm mais probabilidades do que a média de afirmar que o seu pessoal principal a leva a sério (88%, contra 76% em geral).

Isto sugere que a cultura estabelecida pelos gestores de topo se espalha por toda a organização, realçando a importância do envolvimento dos gestores de topo na cibersegurança.

7. Identifica os activos de informação e as actividades de processamento de dados

Activos de informação e actividades de processamento de dados

Para desenvolver uma estratégia global de cibersegurança e identificar eficazmente os riscos, as organizações terão de realizar uma auditoria exaustiva dos seus activos de informação e das suas actividades de tratamento de dados.

Terão de determinar quais são os seus activos de informação mais valiosos, onde estão localizados e quem tem acesso a eles. Isto é crucial para identificar os riscos que as ciberameaças representam e dar prioridade às áreas que precisam de ser defendidas.

As organizações terão também de avaliar os seus actuais processos de gestão de dados e determinar se é necessário fazer alterações. Terão de analisar o tipo de dados pessoais conservados, onde são conservados, onde foram obtidos, a duração da conservação, a sua utilização, os direitos de acesso e a forma como são partilhados. As auditorias regulares das actividades de tratamento de dados ajudarão a salvaguardar os dados e a reduzir o risco organizacional.

Se quiseres saber mais informações sobre os melhores hábitos de segurança cibernética para organizações de média dimensão, assiste ao nosso webinar no dia 9 de agosto, às 15 horas. Robert O’Brien, CEO da MetaCompliance, discutirá a importância de adotar hábitos de segurança cibernética que protejam e fortaleçam a sua organização.

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