HRM: A diferença entre risco humano e gestão de recursos na cibersegurança
Publicado em: 10 Dez 2024
Última modificação em: 30 Out 2025

No mundo da cibersegurança, as pessoas são frequentemente a linha de defesa mais forte – ou o elo mais fraco. Duas abordagens fundamentais ajudam as organizações a gerir esta situação: Gestão de Recursos Humanos (HRM) e Gestão de Riscos Humanos (HRM). Embora ambas se centrem nas pessoas, têm objectivos diferentes.
A Gestão de Recursos Humanos tem tudo a ver com o apoio aos colaboradores – desenvolvimento de competências, aumento do envolvimento e formação de uma cultura organizacional forte. A Gestão de Riscos Humanos, por outro lado, concentra-se nos comportamentos que podem colocar a tua organização em risco. A combinação de ambas as abordagens é essencial para manter a tua empresa segura no atual panorama digital.
O que é a Gestão de Recursos Humanos (GRH)?
A Gestão de Recursos Humanos abrange todo o espetro da gestão dos empregados – desde a contratação e integração até à formação e desenvolvimento do desempenho. O objetivo? Uma força de trabalho produtiva e empenhada que ajude a sua organização a prosperar.
Na cibersegurança, a gestão dos recursos humanos desempenha um papel crucial, garantindo que os funcionários compreendem a sua responsabilidade de proteger as informações sensíveis. Por exemplo:
- As práticas de contratação dão prioridade à fiabilidade e à sensibilização para a segurança.
- Os programas de integração incluem formação estruturada sobre cibersegurança.
- Workshops regulares reforçam o comportamento seguro e as políticas organizacionais.
- Ao criar uma cultura consciente da segurança desde o início, a Gestão de Recursos Humanos reduz as vulnerabilidades antes mesmo de estas ocorrerem.
O que é a Gestão dos Riscos Humanos (GRH)?
A Gestão do Risco Humano centra-se na identificação e mitigação dos riscos do comportamento humano. Pensa nela como a proteção proactiva contra os momentos “oops” que podem levar a violações cibernéticas – clicar em ligações de phishing, partilhar dados sensíveis ou utilizar palavras-passe fracas. De acordo com o Relatório de Investigações de Violação de Dados da Verizon, 82% das violações envolvem o elemento humano.
A Gestão dos Riscos Humanos actua através de:
- Análise comportamental para detetar padrões de alto risco.
- Intervenções específicas, como simulações de phishing ou ferramentas de gestão de palavras-passe.
- Métricas e pontuações de risco humano para acompanhar os progressos e ajustar as estratégias.
Em vez de apenas sensibilizar, apresenta resultados mensuráveis para controlar as acções das pessoas.
Como é que a Gestão dos Riscos Humanos complementa a Gestão dos Recursos Humanos
Pensa na Gestão de Recursos Humanos como a criação dos alicerces e na Gestão de Riscos Humanos como o seu reforço. A Gestão de Recursos Humanos traz os talentos certos, dá-lhes formação e cria uma cultura positiva. A Gestão de Riscos Humanos assegura que os colaboradores põem em prática essa formação.
Por exemplo:
- A Gestão de Recursos Humanos pode dar formação geral sobre cibersegurança. A Gestão de Riscos Humanos identifica quem corre maior risco de cair em esquemas de phishing e fornece formação adicional e específica.
- A Gestão de Recursos Humanos cria políticas de tratamento de dados. A Gestão de Riscos Humanos assegura a conformidade através de auditorias e ciclos de feedback.
Em conjunto, alinham pessoas, processos e comportamentos com os objectivos de segurança da organização.
Criar uma estratégia global de gestão de recursos humanos
Uma organização verdadeiramente segura integra a Gestão de Recursos Humanos e a Gestão de Riscos Humanos numa estratégia coesa:
- Integrar a segurança na cultura: A gestão dos recursos humanos deve promover uma mentalidade de segurança em primeiro lugar através da liderança e do envolvimento.
- Monitoriza os comportamentos de forma proactiva: A Gestão de Riscos Humanos avalia continuamente as acções e atenua os riscos.
- Adapta a formação: Utiliza os conhecimentos sobre os riscos humanos para fornecer formação específica para cada função que aborde as ameaças reais.
- Mede e adapta: Acompanha os resultados da Gestão dos Recursos Humanos e da Gestão dos Riscos Humanos para garantir uma melhoria contínua.
Toma medidas: Constrói uma força de trabalho segura e resiliente
A cibersegurança não se resume a firewalls e software antivírus – os teus colaboradores são a tua linha da frente da defesa. Combinar a Gestão de Recursos Humanos e a Gestão de Riscos Humanos cria uma força de trabalho qualificada, empenhada e segura.
- A Gestão de Recursos Humanos fortalece os colaboradores através do desenvolvimento, da cultura e da liderança.
- A gestão dos riscos humanos reduz os comportamentos de risco que podem comprometer a segurança.
Juntos, formam uma estratégia abrangente e proactiva de cibersegurança que protege a tua organização de dentro para fora. Para ir mais fundo, lê o nosso artigo “O que é a Gestão do Risco Humano” para compreenderes como funciona na prática e consulta a nossa plataforma de Gestão do Risco Humano para veres ferramentas e soluções acionáveis que podes implementar hoje na tua organização.
Perguntas frequentes: Gestão dos recursos humanos e dos riscos humanos na cibersegurança
Qual é a diferença entre a Gestão de Recursos Humanos e a Gestão de Riscos Humanos?
A Gestão de Recursos Humanos centra-se no desenvolvimento e envolvimento dos trabalhadores, enquanto a Gestão de Riscos Humanos visa os comportamentos que criam riscos de segurança.
Porque é que o comportamento humano é um grande risco para a cibersegurança?
Porque a maioria das violações – mais de 80% – envolve erro humano, como clicar em ligações de phishing ou manipular incorretamente dados sensíveis.
O que é uma "firewall humana"?
Uma firewall humana é uma equipa de funcionários conscientes da segurança que previnem ativamente as violações, seguindo práticas seguras e detectando ameaças.
Como é que as organizações podem medir o risco humano?
Através de métricas como pontuações de risco humano, resultados de testes de phishing e análises de monitorização do comportamento.